quarta-feira, 22 de julho de 2015

Crónica do Soares #1 - A primeira crónica, as primeiras decisões

Aqui escrevo pela primeira vez no blog Mais Sporting e, antes de mais, agradecer pela oportunidade de partilhar aqui, neste espaço, os meus comentários sobre o foco principal deste blog, o foco central de muitas emoções vividas ao longo das nossas vidas, o Sporting Clube de Portugal. Comentarei, neste espaço, semanalmente, os principais temas da actualidade do nosso clube. Dado que muito do que se noticia na imprensa é respeitante ao futebol do Sporting, naturalmente que esta crónica se poderá incidir muito mais no futebol do que no resto das modalidades do clube ou nos assuntos extradesportivos que possam surgir na imprensa sobre o Sporting Clube de Portugal. Primeiro que tudo, vincar aqui que este se trata de um espaço pessoal e que, tudo que aqui lerem, será apenas uma opinião e uma visão muito particular de todos os assuntos. Nada mais do que isso.

O principal foco desta e das últimas semanas tem sido, compreensivelmente, a preparação da equipa de futebol para a próxima temporada. A verdade é que, apesar de toda esta expectativa, desde a chegada do novo técnico, Jorge Jesus, ao comando da equipa, nós, adeptos, ainda não tivemos oportunidade de ver muito desta equipa e do trabalho que tem sido feito com a mesma nestas primeiras semanas de pré-temporada. No entanto, percebemos que já se trabalha bem nos bastidores, em Alvalade...


Posso começar por realçar o trabalho feito na política de contratações, no qual não têm sido poupado esforços no que diz respeito a trazer mais e melhores soluções para os sectores mais necessitados da equipa. 

Repare-se então no seguinte: Cédric Soares, o nosso lateral-direito titular na época passada, saiu do clube e, após o início dos trabalhos, verificou-se a necessidade de ir buscar alguém para corresponder à altura. Desta forma, a contratação recaiu sobre João Pereira, um lateral experiente, conhecedor do futebol português e da realidade do mesmo, bem como do Sporting, uma casa que bem conhece. No meu ponto de vista, ficamos a ganhar com a vinda do internacional português, sobretudo por ser um jogador livre. 

Na defesa, seria necessário apenas mais um defesa-central, sendo que, com a lesão de Ewerton por três meses, a equipa técnica entendeu que seriam necessários dois. E dois defesas experientes. Desta forma, uma vez mais, a direcção meteu mãos à obra e em poucos dias fechou a contratação de Naldo e Ciani, dois defesas que vêm lutar pela titularidade juntamente com Paulo Oliveira. Na defesa, as necessidades estavam colmatadas como era necessário fazer.

No meio-campo, verificamos que, mesmo com a lesão de William Carvalho, temos à disposição um conjunto de jogadores capazes de corresponder às exigências do nosso treinador neste sector. Arrisco, até, a dizer que é um conjunto mais completo do que aquele que Jorge Jesus dispunha na sua anterior equipa, no meio-campo.


No ataque, naturalmente, com a adopção do sistema 4x4x2, os três avançados da temporada anterior seriam poucos para uma temporada que se avizinha muito exigente. Conforme anteriormente, o departamento de futebol juntamente com a direcção e a equipa técnica, delinearam, de imediato, um jogador que fosse de encontro às características pretendidas. Esse jogador cedo se percebeu que era Teófilo Gutiérrez. A muito custo, o desejo foi cumprido e temos mais um avançado à disposição de Jorge Jesus. Um avançado experiente, muito semelhante a Fredy Montero, tendo, no entanto, uma capacidade de finalização não tão vincada como o seu compatriota colombiano. Para a frente de ataque, poderá ainda chegar mais um avançado, supostamente Kostas Mitroglou, mas penso que esta contratação poderá estar congelada devido a um forcing que possa estar ou vir a ser feito por Islam Slimani, vindo de Inglaterra.


Quanto aos extremos, no meu entender, precisaríamos apenas de alguém que fizesse a diferença, alguém com uma qualidade técnica reconhecida e que fosse experiente. Neste sentido, Bryan Ruiz encaixou que nem uma luva. Estamos aqui a falar do nosso melhor negócio deste mercado, independentemente do que venha acontecer até 31 de Agosto. Bryan Ruiz é um jogador muito experiente a nível europeu, contratado ao “preço da chuva”, embora venha auferir um salário correspondente à sua qualidade. Depois da saída de Nani, procurávamos novamente um jogador que fizesse a diferença. Contudo, Nani e Bryan Ruiz são jogadores bastante diferentes. Nani faz do seu repentismo, da sua velocidade e rapidez de execução as suas principais armas, enquanto que Bryan Ruiz pauta pela inteligência na tomada de decisões dentro de campo, conseguindo, também ele, desequilibrar através de movimentações para o espaço interior, tendo também enorme criatividade, capacidade de organização e passe no último terço do terreno de jogo. A pergunta que se pode fazer é então como é que Bryan Ruiz pode fazer a mesma posição de Nani? Bryan Ruiz vai ser um jogador com “carta-branca” para se movimentar a partir do corredor esquerdo, preferencialmente, e criar todos os desequilíbrios na organização defensiva adversária, nunca sendo um jogador que vá desequilibrar pela velocidade. Fazendo aqui uma pequena comparação, Bryan Ruiz poderá fazer aqui que Nicolas Gaitán executava anteriormente para Jorge Jesus; um extremo que não é extremo, um número 10 que não é número 10. Um jogador que irá vaguear naqueles terrenos, fazendo o necessário para desequilibrar. 


Ainda referente aos extremos, não posso de me deixar surpreendido pela não convocatória de Zakaria Labyad. Sempre ficou a sensação de que era um jogador com muito talento, mas devido à idade e ao contexto em que chegou ao clube, pareceu em sub-rendimento. Concluído o empréstimo ao Vitesse, o jogador vinha com uma ambição renovada. Muita coisa mudou no Sporting, desde então, e o próprio jogador classifica-se como um jogador mais maduro. Ora, após 3 semanas, parece que a atitude nos treinos não agradou a Jorge Jesus, ficando assim de fora do estágio da África do Sul. Para mim, trata-se de uma desilusão, á que este era um jogador onde eu, particularmente, depositava algumas esperanças para esta nova época. Pensava eu que Labyad seria um ‘joker’ nesta equipa, um jogador capaz de entrar num jogo e causar, de imediato, problemas aos adversários através da sua velocidade e da sua técnica que lhe é reconhecida. Novamente, parece que não é desta, Labyad. Do lado oposto da medalha, agrada-me a inclusão de jogadores como Gelson Martins e Iuri Medeiros. Quando se dizia que o futuro de jogadores como estes estava condenado, porque Jorge Jesus não é conhecido por apostar em jovens, temeu-se que o Sporting estaria a descuidar aquela que é uma imagem de marca sua. Bom, aquilo que me dá a entender, é que Jorge Jesus aposta em qualidade, seja ela de que idade for. Felizmente, no fim desta semana, já poderemos ver em acção grande parte do plantel da próxima época e ver já alguns resultados do trabalho que foi feito nestas semanas.


Antes de terminar, uma palavra para as modalidades do Sporting, porque não é só no futebol que está a ser feita uma aposta firme em voltar aos títulos. No Futsal, verificamos um reforço significativo no nosso plantel, depois das saídas de Alex e Marcelinho, nomeadamente ao trazermos um campeão do mundo e vários jogadores experientes a nível europeu, reforçando uma vez mais o nosso estatuto de candidato ao título para que possamos festejar o quarto título em cinco anos e voltarmos a estar presentes numa fase final duma competição europeia. Este esforço está a ser estendido também ao Andebol, onde confirmámos a contratação de Javier Zupo (um treinador com um currículo absolutamente invejável nesta modalidade) como novo treinador. A confirmação de que, na próxima época, não queremos morrer na praia e a conquista do título nacional, após mais de uma década desde a última conquista, é praticamente obrigatória. Para concluir, no Hóquei em Patins, a vinda de jogadores experientes como Luís Viana vai permitir que consolidemos a nossa posição no panorama nacional, onde pretendemos chegar ainda mais longe e lutar pelos primeiros lugares e, também, a conservação do nosso estatuto de vencedores da Taça CERS, a consolidação de uma equipa respeitada a nível europeu.

Saudações Leoninas

Autor do Artigo: Rui Soares

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1 comentário:

  1. Não acho o Teo semelhante ao Fredy, até acho que os dois podem encaixar bem juntos.
    Bem vindo ao blog e fico à espera de mais artigos!

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